Na terça-feira (13) o médico e ex-prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, entregou pedido de renúncia de sua candidatura a prefeito junto ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) alegando “questões de foro íntimo”, deixando o caminho aberto para a reeleição do atual prefeito Kazu Horii (PSDB).
Ressalte-se que o registro de candidatura, que sequer havia sido deferido pela TRE.
O ex-prefeito era cabeça da chapa “Bodoquena acima de tudo”, formada por MDB, PTB e PSL, e tinha Geraldo Preto (PTB) como candidato a vice. Jun Iti Hada foi prefeito de Bodoquena por dois mandatos, de 2009 a 2016.
Para alguns políticos, Jun It Hada se antecipou do julgamento de sua candidatura pelo TRE em função da contestação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), em ação classificada como “urgente” no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral). As alegações do MPE são de que o candidato possui condenação criminal de dois anos de reclusão e 20 dias-multa, além de ter as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, e referendadas pela Câmara Municipal de Bodoquena, referente ao exercício de 2013, o que levou o MPE a pedir o indeferimento de sua candidatura.
Segundo a petição da promotora eleitoral Cinthia Giselle Gonçalves Latorraca, da 15ª Zona Eleitoral, de Bodoquena e Miranda: “Das irregularidades apontadas e do inteiro teor das decisões listadas, observa-se que o impugnado, na qualidade de gestor, cometeu faltas graves e que, em tese, configuram ato doloso de improbidade administrativa (…) logo, verificada a rejeição das contas pelo TCE por fatos configuradores de ato doloso de improbidade administrativa e, ausente qualquer notícia de provimento judicial que tenha suspendido ou desconstituído as referidas decisões, há de ser reconhecida a inelegibilidade por 8 anos”.
Somente este motivo já bastaria para retirar Hada da disputa, uma vez que por tese do Supremo Tribunal Federal (STF), a rejeição das contas do prefeito pelo Poder Legislativo o torna inelegível.