“Se o homem não for um agressor de mulher, ele não tem que ter medo da Lei Maria da Penha. A gente não vai prender o homem só por causa da Lei Maria da Penha. Ele precisa fazer alguma coisa que estava descrito lá como violência para ele poder se pego pela Maria da Penha. Se ele não fizer nada, se ele tratar bem a mulher dele, as filhas dele, as mulheres que convivem com ele, ele não tem que ter medo da Lei Maria da Penha”, afirmou a sargento Jaqueline Brites Canhete, responsável pelo Programa Mulher Segura (Promuse), da Polícia Militar de Aquidauana, em palestra com mais de 200 usuários do Paif (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família) e do Paefi (Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos).
O evento aconteceu em 18 de agosto, na sede do Cras (Centro de Referência da Assistência Social), como parte da programação do “Agosto Lilás: o silêncio mata – campanha de combate à violência contra a mulher”, promovida pela Prefeitura de Miranda através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho.
“Quero parabenizar Cíntia, você e sua equipe, por este mês todo estarem trabalhando em todos os setores, em todos os locais, levando a questão do que é o Agosto Lilás, do que é a violência contra a mulher”, afirmou Elange Ribeiro (PSD), vice-prefeita de Miranda que representou o prefeito Fábio Florença na abertura da palestra.
A ação contou ainda com a participação de Daniela Shishido, escrivã da Polícia Civil. Ela representou o delegado de Polícia Civil de Miranda, Daniel Dantas, e trouxe um dado atualizado: até o dia da palestra, foram registrados 89 casos de violência contra a mulher em Miranda, 8 a mais que os registrados e divulgados no material produzido pela Secretaria de Assistência Social para a campanha Agosto Lilás. “Produzimos o material no final do mês passado e tínhamos 81 casos registrados até então. O número subiu assustadoramente, conforme comprovam os dados trazidos pela Polícia Civil, o que demonstra como esta campanha é importante para promover informação e influenciar políticas públicas em defesa das mulheres”, destacou Cíntia Fonseca Castanheira, secretária Municipal de Assistência Social e Trabalho.









