Oi gente, como vocês estão?

Nosso papo dessa edição vai ser um pouco diferente. Não precisei nem pensar muito sobre o que iria falar, ou melhor, sobre quem iria falar. O texto hoje, é uma homenagem, uma declaração de amor, uma carta aberta, ou qualquer outro nome que vocês quiserem dar.
Eu vou falar para vocês de uma pessoa muito especial para mim e, de certa forma, para todos vocês que acompanham o Jornal da Cidade há tanto tempo. A grande maioria de vocês conhece ele, mas aposto que não conhecem tão bem quanto eu.
Quem aqui nunca ouviu falar do Ferrarinho? Ou do Wagner?
Acho muito difícil. Eu queria que pudesse ser uma surpresa para quando ele abrisse o jornal já impresso, mas já adiantando um pouco do assunto, não existe a possibilidade de isso acontecer, porque o Wagner Ferrari faz a edição e diagramação do JC e ele é a primeira pessoa que lê os textos que envio para publicação.
Na última semana, mais precisamente no dia 24 de agosto, uma quinta-feira, o Wagner completou mais um ano de vida.
O Wagner, chegou em Miranda ainda criança, com 10 anos de idade, acompanhado de sua mãe e suas 3 irmãs mais novas. Como eu venho falando desde o meu primeiro texto, Miranda o acolheu, e sem nenhuma dúvida ele também escolheu e acolheu a cidade. Tanto que depois de mais de 40 anos, nunca saiu da sua cidade do coração.
Nascido e vindo de Bauru/SP, Wagner nem sempre teve uma infância fácil, ele não cresceu exatamente em um lar igual ao que ele construiu para ele, sua esposa e seus filhos. E de tantas coisas que eu admiro nele, essa é a top 1 sem dúvidas. Ele se tornou um homem para que seus filhos e sua esposa não passassem o que ele, suas irmãs e sua mãe passaram. Eu, Caroline, fui abençoada e privilegiada demais por ter nascido e crescido filha desse cara.
Que bom que Deus o abençoou para que ele encontrasse o amor de sua vida e construísse o que sempre mereceu viver.
O Wagner já trabalhou em administração de fazenda, em bancos, em distribuidora de alimentos, restaurante, em gráfica… E a Pizzaria do Ferrari? Aquela lá do início, de quando eu ainda nem era nascida! Aposto que muitos de vocês sentem falta. Eu sinto. Muita. E não só pelo fato de que nessa época era certeza que encontraria o Ferrari lá toda noite. Acredito que não saibam, mas quem impulsionou e deu origem a tudo, foi o Wagner. As épocas em que se comiam as melhores pizzas e lanches na Pizzaria do Ferrari, eram as épocas em que o Wagner era o pizziaiolo.
Ao mesmo tempo, literalmente, o Wagner também trabalhava na Gráfica Ferrari e no Jornal da Cidade. Durante o dia na gráfica e a noite pizzaria. E tudo isso sempre cuidando e zelando por suas meninas. Sua mãe, suas irmãs, esposa e depois de um tempo suas duas filhas.
Os jornais antigamente eram feitos de forma extremamente manual, pode ser que eu fale alguma besteira aqui pois não possuo o conhecimento exato, mas se fazia tipografia, era um processo onde se colocava letra por letra até formar uma palavra, uma frase e o texto inteiro. Fora todo o processo de diagramação.
O Wagner, sempre muito antenado e estudioso estava sempre buscando saber e conhecer as novidades na área e foi assim que na época ele, com o apoio de seu pai, foram atrás de comprar um computador. Mas não era tão simples assim, ele precisaria aprender a mexer em todos os programas. E assim, ele aprendeu sozinho, lendo revistas e trocando ideia com alguns colegas, de como fazer a diagramação e montagem de um jornal pelo computador. E graças a ele, estamos aqui até hoje. Eu tendo a oportunidade de escrever e me expressar como sempre gostei, ele mantendo o único jornal e durante um tempo Diário Oficial do Município e vocês, consumindo de informação e diversos outros acontecimentos da cidade.
Acho que a maioria já sabe e se não sabiam, já conseguiram entender ao longo do texto que o Wagner é meu pai. Eu gosto de chama-lo carinhosamente de Wag. Meu Wag. Tentei ser o mais imparcial possível, mas não nego que sou extremamente clubista, e quando é para falar desse cara, eu até extrapolo ahahhaha…
Eu o amo e admiro demais. São 27 anos da minha existência sentindo o seu amor e o amando, e eu tenho cada dia mais motivos para isso, cada dia mais orgulho de dizer que sou sua filha e principalmente de poder contar com ele, desabafar, aconselhar e ser aconselhada, acolhida e amada.Pai, eu não poderia deixar de te homenagear no texto de hoje. Poderia escrever muito mais coisas, mas aí te daria muito mais trabalho para editar e diagramar né?! Hahaha
Eu senti que não posso guardar só para mim tudo o que o senhor é e representa na minha vida, da minha irmã, da minha mãe, da minha vó e da grande maioria das pessoas… Até na vida dos gatos lá de casa! O senhor é maravilhoso, especial, nunca se esqueça disso.
Que tenhamos muito mais anos pela frente. Com amor, levando informação e visibilidade para nossa Miranda e nos curtindo e cuidando cada vez mais. Obrigada por existir! Te amo infinitamente.
Beijos, 
Carol Ferrari

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