Em nota enviada à imprensa, o prefeito de Miranda, Fábio Santos Florença (PSDB), afirmou que a Prefeitura vai apurar “responsabilidade para identificar se houve negligência por parte dos servidores da Prefeitura de Miranda, a fim de punir exemplarmente quem eventualmente deu causa”, no caso do desmoronamento do telhado do pátio central da Escola Municipal Roberto Almeida, ocorrido no feriado de 15 de novembro – como não estava havendo aulas, a escola estava vazia, portanto não houve feridos.
A reportagem do Jornal da Cidade teve acesso ao laudo de vistoria emitido pela própria área de engenharia da Prefeitura. “Foi identificado um problema estrutural na cobertura do saguão principal da Escola Roberto Paulo Almeida. A tesoura que dá suporte à cobertura apresentou falhas críticas, comprometendo sua integridade e colocando em risco a segurança de alunos, professores e demais funcionários da escola”, diz a vistoria.
O problema encontrado, aponta o laudo, estava na empena da cobertura do saguão da escola. “Esse componente estrutural é essencial para garantir a segurança e estabilidade da cobertura. Com ela comprometida, a viga principal encontra-se sem o suporte adequado, elevando o risco de colapso parcial ou total da cobertura”, consta no laudo, que sugere “intervenção imediata” e ainda recomenda “medidas preventivas de segurança para restringir temporariamente o acesso ao saguão(…)”.
Segundo nota publicada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), a inspeção aconteceu no dia 05 de novembro. O desmoronamento da estrutura ocorreu no dia 15, dez dias depois da inspeção.
Um dos questionamentos que foram colocados por moradores de Miranda pelas redes sociais se refere à demora em interditar o prédio, mesmo depois de haver um laudo técnico indicando os problemas estruturais que colocavam em risco a segurança de estudantes, professores e demais servidores públicos.
Também pelas redes sociais, nota publicada simultaneamente nos perfis da Prefeitura e da Semed, elenca uma série de ações adotadas pela pasta diante do laudo emitido. Conforme o texto, o secretário, Anildo Balbuena “solicitou imediatamente um reparo emergencial, com substituição ou reforço da estrutura danificada; recomendou restrição do acesso ao saguão para minimizar os riscos à segurança; antecipou as provas escolares, com intuito de reduzir o impacto acadêmico devido à necessidade de interdição; informou prontamente o Ministério Público sob a situação, buscando respaldo legal e acompanhamento para uma rápida resolução do problema”.
A nota da Semed lamenta: “infelizmente, apesar das medidas preventivas e ações adotadas, a estrutura entrou em colapso antes da conclusão dos reparos emergenciais”.
Para o prefeito Fábio Florença “a suspensão das aulas na referida unidade escolar deveria ter sido realizada após a emissão do laudo técnico apontando risco na estrutura”, disse ele por meio de nota. Ainda segundo Florença, ele só foi informado sobre o teor do laudo após o incidente.
“Graças a Deus não há vítimas. Mas a situação precisa e será esclarecida. É um compromisso meu. Cuidar de nossas crianças, do bem-estar dos nossos servidores, de todos os cidadãos é nossa prioridade. Sempre foi e sempre será”, finaliza.