Escola Caetano Pinto participa ativamente na inclusão da Língua Indígena de Sinais em Miranda

Coordenadora pedagógica Luciane Ferrari

Mato Grosso do Sul é o primeiro estado a oficializar a Língua Indígena de Sinais e para celebrar o Dia Internacional dos Povos Indígenas, no dia 09 de agosto a Escola Estadual Caetano Pinto recebeu a equipe da TV Morena, que veio até nossa cidade para conhecer a história e origem da Língua Indígena de Sinais.  
A reportagem feita pela também indígena, Cristina Ramos com mediação da Drª em Linguística Denise Silva e pela professora/intérprete de Libras, Karina Oruê.  
As profissionais relataram suas experiências no campo de trabalho em relação aos atendimentos oferecidos especificamente na escola direcionados aos estudantes surdos indígenas e não indígenas, usuários da Língua Portuguesa de sinais (Libras) e da Língua Terena de Sinais (LTS).  
É importante destacar que em abril de 2023 foi oficializado em nosso município a Língua Terena, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a Língua Terena de Sinais (LTS) e a Língua Kinikinau, proposta apresentada pela vereadora Elange Ribeiro.  
A professora/intérprete Karina diz que “é importante termos a consciência de que essas línguas convivem entre si, tanto na comunidade indígena ou na cidade pois, já vivenciei momentos na sala de aula onde os estudantes usaram alguns sinais que não são da Libras.” 
Para a TV Morena, a coordenadora pedagógica da Escola Caetano Pinto, Luciane Maia Nantes Ferrari, enfatizou a importância da introdução da libras na sala de aula, assim como a participação dos professores intérpretes de libras na ajuda aos estudantes no desenvolvimento escolar dos mesmos, destacando o trabalho colaborativo entre professores regentes e profissionais de apoio e intérpretes. 
A professora Mariana Acosta Mendes falou sobre a importância do uso da Libras e da LTS pois elas têm um papel fundamental na inclusão e na garantia de acesso à educação de qualidade. A LTS respeita a identidade cultural, reconhece a importância de sua língua e comunidade. Isso contribui para o desenvolvimento social, melhora a autoestima dos estudantes surdos indígenas e promove uma educação mais inclusiva e diversificada.  
A equipe da TV Morena também esteve na Aldeia Cachoerinha, onde visitou a casa da Dona Ondina Antonio Miguel, berço da língua terena de sinais, mãe terena de três filhos surdos, Élcio, Everton e Maria Eliza (ex-alunos da Escola Caetano Pinto). Além disso, sua nora Rosilaine Francisco é aluna da Escola Caetano Pinto.  
Participaram ainda da entrevista, a professora Edmara Miguel, o líder local Cacique Edvaldo Antonio e Janaína Nogueira Maia, professora da UFMS e instrumento fundamental para inclusão dos alunos e propagação da Língua Terena de Sinais. 

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